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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Entomofagia no Brasil será?

Entomofagia é a utilização de insetos na alimentação humana. Entomofagia, (onde entomo significa inseto e fagia quer dizer digerir, comer). Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura) essa prática ocorre há anos e em vários lugares do mundo: na África (36 países), na Ásia (29) e na América (23), são os lugares onde esses bichos são mais apreciados. Porém, no Brasil a atividade ainda não é bem aceita pela população. A ideia de consumir insetos na alimentação humana causa repugnação e descrédito, pois as pessoas não acreditam que estes podem ser de considerável teor nutritivo. Estudos comprovam que a “carne” dos insetos contém quantidades de proteínas e de lipídeos satisfatórias e são ricas em sais minerais e vitaminas. Uma das principais diferenças está no valor quantitativo: um inseto, como a formiga da espécie Atta cephalotes L., por exemplo, possui 42,59% de proteínas contra 23% no frango e 20% na carne bovina (Conconi e Rodríguez, 1977). Porém, a aversão aos insetos comestíveis faz com que uma quantidade considerável de proteína animal fique indisponível, uma vez que o fenômeno é visto como prática de povos “primitivos”. Necessita-se mudar a ideia sobre os insetos e incluí-los na alimentação do dia-a-dia. E, se você ainda está com “nojinho”, saiba que o FDA – o órgão que fiscaliza alimentos e medicamentos nos Estados Unidos – permite que fabricantes incluam até 60 fragmentos de insetos por 100 gramas de alguns produtos. Isso significa que, se você é fã de chocolates importados, já anda comendo muita mosca por aí. Outro fator que ressalta a importância de se consumir insetos é que no que se refere ao meio ambiente. De acordo com a publicação de um estudo da Universidade de Wageningen, na Holanda, constatou que a criação de insetos emite muito menos gases do efeito estufa do que a pecuária e que não causa compactação do solo, ou seja, investir no potencial de insetos passa a ser estratégia, já que com o aumento populacional e avanço dos centros urbanos, a criação de carne bovina e de aves estão passando a explorar cada vez mais as florestas e áreas improdutivas. Visando diminuir os impactos ambientais e adotar novas alternativas de alimentação que demandem menos espaço e que maximizem a produção em larga escala, reduzindo os custos, passa a ser estudado por entomatófagos do mundo inteiro, essa alternativa de alimentação. Prova disso é o pedido de um empresário de Betim (MG), que propôs ao governo brasileiro que legalizasse a venda de insetos como fonte de proteína para humanos. O pedido de registro de ”estabelecimento produtor de insetos para consumo humano” chegou ao Ministério da Agricultura em abril. ”O Brasil tem uma biodiversidade extraordinária e uma sugestão como essa pode surgir, mas não temos visão sobre esse tema para o futuro”, disse o ministro Wagner Rossi. Antes disso, a utilização de bichinhos chamados cochonilhas, (pragas que estragam plantações de milho), na fabricação de sorvetes, já vêm sido empregadas na produção de alimentos. Estes insetos são triturados e funcionam como corantes. Eles são utilizados em biscoitos, balas e sorvetes. São necessárias 40 cochonilhas para cada bola de um sorvete. De acordo com o site da revista “Superinteressante”, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento pediu informações para autorizar a comercialização de gafanhotos, grilos e formigas, por exemplo, para consumo humano. Agora, só resta saber quem se habilitará a provar esses apetitosos insetos! Josiane Carla Argenta

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