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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Questão indígena: Expansão urbana ameaça aldeias

Conflitos recentes envolvendo índios nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo mostraram as dificuldades que as tribos remanescentes no país enfrentam diante do avanço da urbanização. No Rio de Janeiro, eles protestaram contra a decisão do governo estadual de demolir o prédio onde funcionava o Museu do Índio, ao lado do Estádio do Maracanã, para construir um estacionamento para a Copa de 2014. Em São Paulo, o projeto de ampliação de uma ferrovia ameaça uma aldeia onde vivem mais de mil índios, em Parelheiros, zona sul. A maior parte das sociedades indígenas foi dizimada no processo de colonização. Estima-se que, à época do descobrimento, até 5 milhões de índios habitavam o país. Hoje, restaram cerca de 800 mil (0,4% da população), segundo dados do Censo 2010. Outro elemento que contribui para o gradual desaparecimento das tradições é a globalização. De acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, realizada em julho de 2012, os índios brasileiros possuem bens como TVs (63%), geladeiras (51%) e celulares (36%), além de terem o sonho de cursar uma universidade. Eles vestem tênis de marcas famosas, bonés, camisas de times de futebol e têm telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos modernos, a tal ponto que, de tão integrados à vida urbana, os índios de hoje em nada lembram as figuras estilizadas em livros escolares. maior parte das sociedades indígenas que vivia no Brasil foi dizimada no processo de colonização, pela força de armas, doenças ou políticas de aculturação. Estima-se que, à época do descobrimento, até 5 milhões de índios habitavam o país. Eles falavam 1.300 línguas diferentes, restando apenas 180. Hoje, vivem no país cerca de 800 mil índios (0,4% da população), segundo dados do Censo 2010. Eles habitam 683 terras demarcadas, algumas delas em zonas urbanas. Mais da metade dessas comunidades localiza-se nas regiões Norte e Centro-oeste, principalmente na área da Amazônia Legal. Segundo a Funai, há ainda relatos de 77 tribos indígenas isoladas no país, que não tiveram contato com o homem branco, sendo 30 deles confirmados. Nas últimas décadas, houve avanços nas políticas voltadas aos povos indígenas, como o Estatuto do Índio, de 1973, e o reconhecimento na Constituição de 1988, cujo Artigo 231 diz: "São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens." Porém, eles se envolvem em frequentes conflitos – sobretudo nas áreas rurais – com fazendeiros, pecuaristas e empresários que cobiçam suas terras pelos recursos naturais e minérios. É o caso, por exemplo, da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, onde vivem 19 mil índios. O território é alvo de disputa com fazendeiros e garimpeiros. Essas questões suscitam debates como a identidade cultural dos povos indígenas, o respeito a minorias étnicas e os conflitos entre progresso e preservação do legado cultural e étnico brasileiro.

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